27 de jun. de 2012

GRUPO DE ESTUDO: Animismo


Reflexos da alma dos médiuns, emersões da subconsciência.



Emmanuel – 1938



Conjunto dos fenômenos psíquicos produzidos com a cooperação consciente ou inconsciente dos médiuns em ação.



André Luiz - 1959



Animismo [do latim anima + ismo] - 1. Teoria que considera a alma simultaneamente princípio de vida orgânica e psíquica. 2. O que é próprio da alma. 3. Para o entendimento espírita, é relativo aos fenômenos intelectuais e físicos que deixam supor atividade extracorpórea ou à distância do organismo humano, isto é, exercida além dos limites do corpo.  

       

Se tem por causalidade o Espírito desencarnado, o fenômeno denomina se espiritual ou mediúnico; mas, se o Espírito é o próprio encarnado, chama-se anímico.



Para maior brevidade, proponho designar pela palavra animismo todos os fenômenos intelectuais e físicos que deixam supor uma atividade extracorpórea ou a distância do organismo humano, e mais especialmente todos os fenômenos mediúnicos que podem ser explicados por uma ação que o homem vivo exerce além dos limites do corpo.



A palavra animismo foi a principio empregada por Stahl, se não me engano; em seu sistema médico, ele considera a alma (anima) como o principio vital; o corpo é não somente a criação da alma, como ainda todas as suas funções vitais.

  • Em nossos dias, este termo foi empregado por Taylor, em seu livro: Cultura primitiva, em um sentido amplo, para designar não somente a ciência que trata da alma (como de uma coisa essencial independente) e de suas diversas manifestações terrestres ou póstumas, mas também a doutrina referente a qualquer espécie de seres espirituais ou espíritos. 

·         Se o fenômeno tem por causalidade o Espírito desencarnado, denomina-se espiritual ou mediúnico; 

·         Se o Espírito é o próprio encarnado, chama-se anímico.



Medianímico [do latim mediu + anima + -ico]- Qualidade do poder dos médiuns; faculdade de intermediário através dos recursos de sua própria alma.

  

Segundo Alexandre Aksakof: Animismo corresponde aos fenômenos psíquicos inconscientes se produzidos fora dos limites da esfera corpórea do médium, ou extra-mediúnicos:

·                    Transmissão do pensamento, telepatia, 

·                    Telecinesia, movimentos de objetos sem contacto, 

·                    Materialização.



Temos aqui a manifestação culminante do desdobramento psíquico; os elementos da personalidade transpõem o limite do corpo e manifestam-se, à distância, por efeitos não somente psíquicos, porém ainda físicos e mesmo plásticos, e indo até à plena exteriorização ou objetivação, provando por esse meio que um elemento psíquico pode ser, não somente um simples fenômeno de consciência, mas ainda um centro de força substancial pensante e organizadora, podendo também, por conseguinte, organizar temporariamente um simulacro de órgão, visível ou invisível, e produzindo efeitos físicos.



A palavra alma (anima), como o sentido que tem geralmente no Espiritismo e no espiritualismo, justifica plena o emprego da animismo. Por conseguinte, nós teríamos, nos fenômenos anímicos, manifestação da alma, como entidade substancial, e que explicaria o fato de essas manifestações poderem revestir também um caráter físico ou plástico, segundo o grau de desagregação do corpo fluídico ou do "perispírito", ou ainda do "metaorganismo", segundo a expressão de Hellenbach.

E, como a personalidade é o resultado direto do nosso organismo terrestre, segue-se daí naturalmente que os elementos anímicos (pertencentes ao organismo espiritual) são também os portadores da personalidade.



A tese animista é respeitável

Partiu de investigadores conscienciosos e sinceros, e nasceu para coibir os prováveis abusos da imaginação; entretanto, vem sendo usada cruelmente pela maioria dos nossos colaboradores encarnados, que fazem dela um órgão inquisitorial, quando deveriam aproveitá-la como elemento educativo, na ação fraterna. 

·         Milhares de companheiros fogem ao trabalho, amedrontados, recuam ante os percalços da iniciação mediúnica, porque o animismo se converteu em Cérbero

·         Afirmações sérias e edificantes, tornadas em opressivo sistema, impedem a passagem dos candidatos ao serviço pela gradação natural do aprendizado e da aplicação. 

·         Reclama-se deles precisão absoluta, olvidando-se lições elementares da natureza. 

·         Recolhidos ao castelo teórico, inúmeros amigos nossos, em se reunindo para o elevado serviço de intercâmbio com a nossa esfera, não aceitam comumente os servidores, que hão de crescer e de aperfeiçoar-se com o tempo e com o esforço. 

·         Exigem meros aparelhos de comunicação, como se a luz espiritual se transmitisse da mesma sorte que a luz elétrica por uma lâmpada vulgar. 

·         Nenhuma árvore nasce produzindo, e qualquer faculdade nobre requer burilamento. 

·         A mediunidade tem, pois sua evolução, seu campo, sua rota. 

·         Não é possível laurear o estudante no curso superior, sem que ele tenha tido suficiente aplicação nos cursos preparatórios, através de alguns anos de luta, de esforço, de disciplina. 



Daí nossa legítima preocupação em face da tese animista, que pretende enfeixar toda a responsabilidade do trabalho espiritual numa cabeça única, isto é, a do instrumento mediúnico. Precisamos de apelos mais altos, que animem os cooperadores incipientes, proporcionando-lhes mais vastos recursos de conhecimento na estrada por eles mesmos perlustrada, a fim de que a espiritualidade santificante penetre os fenômenos e estudos atinentes ao espírito

André Luiz

Estou eu entre aqueles que, de trinta anos para cá, se apóiam “audaciosamente” no animismo para provar o Espiritismo; nos números de novembro-dezembro de 1925 e de janeiro-fevereiro de 1926, da Revue Spirite fiz sair um longo artigo, rigorosamente documentado, com o fim de demonstrar que o Animismo, sob o ponto de vista de demonstração científica da existência e da sobrevivência da alma, era mais importante e decisivo do que o próprio Espiritismo; e nesse artigo fiz ressaltar a circunstância, altamente eloqüente, de Frank Podmore, isto é, o adversário mais encarniçado da hipótese espírita, haver, mesmo ele, reconhecido essa verdade, nos termos que se seguem:

  • “Seja ou não verdade que as condições do além permitem, às vezes, aos que lá se acham, entrar em comunicação com os vivos, é, em todo o caso, claro que essa questão se tornaria de importância secundária se chegasse a demonstrar, sobre a base das faculdades inerentes ao espírito, que a vida da alma não está ligada à vida do corpo. Em outros termos, deve-se necessariamente admitir que, se é verdade que no sono medianímico ou extático, o Espírito conhece o que, a distância, se passa, percebe coisas escondidas, prevê o futuro e lê no passado, como em um livro aberto, então – considerando que estas faculdades não foram certamente adquiridas no processo de evolução terrena, cujo meio lhes não é próprio nem lhes justifica a emergência – então, dizia, parece que se poderá inferir que estas faculdades demonstram a existência de um outro mundo mais elevado, no qual elas se deverão exercer livremente, em harmonia com outro ciclo evolutivo, que não mais seria regido pelo nosso meio terreno. É importante acrescentar que a teoria aqui esboçada não é nenhuma especulação filosófica, fundada em suposições não verificáveis; é uma hipótese científica, baseada na interpretação de uma categoria precisa de fatos... Seria inútil contestar que, se pudesse provar a autenticidade dos fenômenos de premonição, de clarividência e tantos outros que testemunhassem que em nosso espírito se encontram faculdades psíquico-sensoriais transcendentais, então o fato da independência do espírito do corpo seria manifesta.

Por conseguinte, segundo Podmore “seria inútil contestar” a sobrevivência da alma, desde que se provasse a existência de fenômenos de “metagnomia”.

Ernesto Bozzan

TÍPICAS MANIFESTAÇÕES ANÍMICAS
Carlos Bernardo Loureiro.

  • IDEOPLATIA - Do grego ideo+plastos+ia, significa modelagem da matéria pelo pensamento. O termo foi criado em 1860 por E. Durand, da cidade de Gros, que lhe emprestou o sentido de sugestibilidade: a impressão que o pensamento, num terreno preparado pela sugestão, pode provocar no paciente. Julien Ochrowicz, em 1884, lhe deu novo significado: o da “realidade fisiológica de uma ideia”.
    Dr. B.G. Tsinoukas, por reputá-lo etimologicamente impróprio, inexato e de nenhuma necessidade científica, recomendou, no Congresso de Paris, o seu banimento.
  • ANAGNOSIA - Do grego anagnosis+ia, significa leitura supranormal de textos ocultos. O tremo e definição de autoria de Stanley Brath, notável pesquisador psíquico inglês, que o subdivide em quatro classes:
    • Paragnosia
    • Perianagnosia
    • Proanagnosia
    • Teleanagnosia
      • PARAGNOSIA - Leitura, com contato, de um texto oculto.
      • PERIANAGNOSIA - Leitura de um texto nas circunvizinhas.
      • PROANAGNOSIA - Conhecimento de um texto que ainda não foi escrito ou impresso.
      • TELEANAGNOSIA - Leitura de um texto a grande distância.

·         AUTOSCOPIA - Do grego autós+sopein+ia, significa percepção por parte do indivíduo, dos órgãos do seu organismo.
Atribui-se a criação do termo ao Dr. Paul Sollier (vide: Les Phénomènes d’autoscopie, Ed. Payot, Paris). Charles Richet, porém, em seu Traité de Metapsychique, 1922, afirma que o pesquisador Charles Feré, em Notes sur hallucinations autoscopiques, usara o vocábulo pela primeira vez. Enquanto isso, Eugene Osty, do Instituto de Metapsíquica de Paris, preferiu adotar o termo autovisão.

  • PREMONIÇÃO modernamente rotulada de PARAGNOSE, é o conhecimento além dos limites sensoriais. É o mesmo, ainda, que antevisão, prenúncio, presciência, profecia etc.
  • DÉJÀ VU E A PREMONIÇÃO - A experiência geralmente relatada de déjà vu sugere o que o D,. J.B. Rhine rotula depercepção extra-sensorial precognitiva. Exemplo:
    Uma pessoa que penetra em sua cabina para a primeira viagem transoceânica, imediatamente exclama já tê-la visto, nos mesmos detalhes, sem nunca ter examinado fotografias dela, sem nunca ter pisado num navio. Talvez – especulam os pesquisadores – o percipiente tenha tido um sonho precognitivo, esquecido e, contudo, bastante resistente em sua memória latente para produzir uma experiência de reconhecimento.
  • DIAPSÍQUICA - Do grego diá+psike+ia, é denominação de Émile Boirac, inserta em L’Avenir des Sciences Psychiques. É a comunicação de Espírito a Espírito, estejam eles encarnados ou desencarnados. Boirac tenta diferenciar o termo de TELEPSIQUIA, que seria a transmissão do pensamento a longa distância.
  • BILOCAÇÃO - Fenômeno pelo qual o Espírito, em estado de transe profundo ou momentâneo, ou no momento da morte, transporta-se, biloca-se, com a aparência de realidade ou tangibilidade real, de um lugar para o outro. É o mesmo que autotelediplosia, desdobramento e bicorporeidade.
  • AUTOPREMONIÇÃO - Faculdade de conhecimento, por parte do precipiente, de acontecimentos que lhe dizem respeito, como o dia da morte, doença, acontecimentos trágicos e alegres.
  • CLARIVIDÊNCIA - Entende-se por clarividência o conhecimento extra-sensorial de fatos objetivos dos quais não fomos informados, sendo que a percepção pelos sentidos comuns é excluída. Esses fatos devem, pois, fugir, completamente, à ação dos sentidos, quer estejam esses acontecimentos perto do sensitivo (criptoscopia: conhecimento abnormal de coisas ou escritos ocultos), quer dizer estejam a uma distância que os tornam inacessíveis aos sentidos (telescopia: visão abnormal, a distância de coisas ou pessoas), quer estejam afastados no tempo (clarividência no tempo). No último caso, é necessário, ainda, distinguir a vidência no passado (retroscopia) a vidência no futuro (profecia).
  • CRIPTESTESIA OU TELEPATIA, termo criado pelo Dr. Charles Richet, é a faculdade que consiste no conhecimento de fatos ou coisas, conhecimento esse que o paciente tem pela percepção paranormal (estímulos psíquicos e anímicos) e, não, pelos órgãos sensoriais.
    A CRIPTESTESIA é, nada mais nada menos, que a TELEPATIA de Frederick Myers, um dos fundadores da famosa S.P.R. – Society for Psychical Research (1882).
  • CAMPO MEDIANÍMICO - é o espaço existente, nas experiências de pequenas levitações, entre as mãos do sensitivo e o objeto levitado. Por esse espaço, atravessa a corrente fluídica. É a expressão de Julien Ochorowicz, do Instituto de Psicologia Geral de Paris.
  • CRIPTOMNÉSIA - Fenômeno que se apresenta com aparente características de TELEPATIA e da PSICOMETRIA. Entretanto ele possui tipicidade própria, específica. É termo criado pelo Dr. Théodore Flournoy, professor de Psicologia da Universidade de Genebra (suíça). É a faculdade supranormal de leitura na mente dos pacientes, de fatos e ideias, conhecidos deles em outros tempos. É , então, a faculdade consistente no conhecimento oculto na subconsciência dos pacientes.
    As teorias sobre a CRIPTOMNÉSIA tendem a anular a sua fonte primordial: a REENCARNAÇÃO. Na realidade, as informações prestadas pelo sensitivo, normalmente em transe hipnótico, deverão ser minuciosamente investigadas, descontando-se dados eventuais de datas e lugares. A suposição de que o paciente tenha baseado a sua história em livros, revistas, filmes, documentários de TV, programas de rádio etc., que leu e/ou a que assistiu, durante um período de sua existência, não descaracteriza, de modo nenhum, o fenômeno da CRIPTOMNÉSIA.
  • DIAPSÍQUICA DERMOGRÁFICA - Fenômenos de desenhos na pele do próprio sensitivo que concentra o pensamento, desejando está ou aquela dermografia, e o fenômeno se produz. Assemelha-se à estigmatização ou introssomatismo.
  • ELONGAÇÃO - Fenômeno de ectoplasmia em que o corpo do médium se encomprida em alguns centímetros, como ocorreu muitas vezes com Daniel Dunglas Home. Este tipo de fenômeno foi observado em algumas sessões experimentais dirigidas pelo sábio inglês William Crookes.
  • HIPERESTESIA - Do grego hyper+aesthesis+ia, sensibilidade aguçada de alguns percipientes, é a hiperacuidade dos sentidos normais, na definição do Dr. Eugène Osty. Faculdade que possibilita a certos percipientes, em tocando um objeto qualquer, revelar o seu conteúdo. Um dos maiores sensitivos hiperestésicos do mundo foi o polonês Stephan Ossowiecki, pesquisado por Julien Ochorowicz e por Gustave Geley.
  • METACINESIA - Do grego metá+kinesis+ia, fenômenos de deslocamento de objetos. A METACINESIA, sendo uma das divisões da METERGIA, compreende duas modalidades:
    • - Paracinesia
    • - Telecinesia
      • PARACINESIA - Levitação de objetos com o contato do sensitivo.
      • TELECINESIA - Movimento de objetos sem contato do precipiente, alonga ou a curta distância.
  • METERGIA - é a ação ou exteriorização supranormal, variada e complexa, produzindo deslocação ou movimento de objetos a distância e produção de efeitos orgânicos no próprio sensitivo. Divide-se em:
    • - Metabiose
    • - Metideogenia
      • METABIOSE - Produção em organismos vivos, por meios paranormais, de efeitos orgânicos ou biológicos.
  • PERSONISMO - De persona+ismo. Atribuem-se a personismo os fenômenos psíquicos inconscientes que se produzem nos limites da esfera corporal do sensitivo. É o desdobramento da consciência. Produzem-se no sonambulismo e no que Pierre Janet chamou de automatismo psicológico ou prosopopese de René Sudre.
  • PICTOGRAFIA - Faculdade mediúnica ou anímica em que o precipiente reproduz desenhos ou pinturas. É o mesmo que PNEUMATOGRAFIA FIGURADA.
  • PSICOCINESIA - Influência direta que o agente, sem nenhum contato direto ou pessoal, atua sobre a matéria física.
  • PSICOMETRIA - Conhecimento do passado, do presente e da personalidade humana pela clarividência e por intermédio de contato com objetos pertencentes à época ou às épocas que o experimentador deseja conhecer. O termo é criação do Dr. J. Rhoades Buchanan, médico norte-americano, em 1849. A obra que trata do assunto é a que publicou em Boston (USA), sob o título A Manual of Psychometriy: the Dawn of a New Civilization.
  • FOTOGRAFIA PSÍQUICA - Um dos sensitivos mais importantes no campo da fotografia psíquica foi a ascensorista norte-americano, do Kansas, Ted Serious.
  • TELA PANORÂMICA - O Prof. Ernesto Bozzano admite três categorias de TELA PANORÂMICA, em que o indivíduo, na iminência da morte, estando ou não moribundo, vê decorrer, como se fosse numa tela cinematográfica, toda a sua vida pregressa, desde a infância até aquele crucial momento.
  • TELEPSICOMAGNETOTERÁPICO - Consiste na projeção fluídica do magnetizador, a qual tem ação curativa.
  • TRANSFIGURAÇÃO - Também conhecida por ENDOMETAPLASIA, é um dos fenômenos mais raros do psiquismo experimental. Pode ser mediúnica ou anímica.
  • TRANSE - Do Latim transire = passar de um estado a outro. Seria uma condição do “sono aparente” ou “inconsciente”, com marcantes características fisiológicas.
    A verdadeira natureza do TRANSE é desconhecida. Cada sensitivo apresenta, no particular, características específicas. Daniel Dunglas Home, o mais notável médium da era kardequiana, afirmou, perante a Sociedade Dialética de Londres.
  • GLOSSOLALIA - Vocábulo criado pelo Prof. Theodore Flournoy para rotular a manifestação de pseudo-línguas (falsas xonoglossias) elaboradas nos recessos subconscienciais do próprio médium. Não se trata de desdobramento ou dissociação de personalidade secundária, sugerido pelo psicólogo William James, o que caracterizaria um processo tipicamente anímico. Aí, o indivíduo expressaria o conhecimento de uma ou mais línguas que ele falou em existências pregressas.
  • BIOPAUSIA - é o domínio e neutralização das funções orgânicas. Os fenômenos do faquirismo (quando verdadeiros) incluem-se nesta categoria.
  • PIROVASIA - é o fenômeno da incombustibilidade paranormal. Ação de suportar o fogo sem dor e sem danos físicos. O médium Daniel Dunglas Home apresentava essa insensibilidade ao fogo.
  • SONAMBULISMO - Do Latim sommus = sono+ambulare = marchar, passear. Estado de emancipação da alma mais completo do que o sonho. O sonho é um sonambulismo imperfeito. No sonambulismo a lucidez da alma, isto é, faculdade de ver, que é um dos atributos da sua natureza, é mais desenvolvida. Ela vê as coisas com mais precisão e nitidez, o corpo pode agir sob o impulso da vontade da alma. Sonambulismo natural – o que é espontâneo e se produz sem provocação es em influência de nenhum agente exterior. Sonambulismo magnético ou artificial – o que é provocado pela ação que uma pessoa exerce sobre outra por meio do fluido magnético.
  • SONILOQUIA - Do Latim somnus = sono+loqui = falar. Estado de emancipação da alma, intermediária entre o sono e o sonambulismo. Aqueles que falam dormindo são soníloquos. Allan Kardec rotula de NOCTÂMBULO (do Latim nox, noctis = a noite+ambulare = marchar, passear), aquele que marcha ou passeia durante a noite, dormindo. Entretanto, ele sugere que se adote, em tais casos, a expressão sonâmbulo, uma vez que noctâmbulo e noctambulismo não implicam, de modo nenhum, a idéia de sono.
  • DERMOÓTICA - Palavra usada para descrever a capacidade que certas pessoas têm de “ver” através da pele e das pontas dos dedos.
  • TRANSPOSIÇÃO - Do Latim transpositionem. Faculdade supernormal de percepção de coisas fora dos sentidos normais. Pode ser classificada como:
    • - Transposição de cores
    • - Transposição de gosto
    • - Transposição de sentidos
  • DESDOBRAMENTO DO PERISPÍRITO EM ESTADO DE VIGÍLIA - A esse fenômeno de natureza anímica se deu o nome de “homens duplos”.
  • LEVITAÇÃO - Admitem alguns autores que a LEVITAÇÃO tem uma origem eminentemente mediúnica. Outros, porém, crêem que ela tenha, também, uma gênese psíquica ou anímica. Eis, em síntese, como o pesquisador português Dr. A. Martins Velho explica o fenômeno, afirmando que na levitação de corpos humanos as leis que regulam a gravidade não se alteram, nem se destroem. No caso, simplesmente à força da gravidade apôs-se outra força aproximadamente igual que permitiu ao corpo flutuar. Essa força é a “força psíquica”, ou a do sensitivo, ou a de um Espírito desencarnado. No primeiro caso, o fenômeno é ANÍMICO, no segundo o fenômeno é MEDIÚNICO.
  • O BIÔMETRO DE HIPPOLYTE BARADUC - H. Baraduc, desencarnado em 1909, autor de várias obras sobre MAGENTISMO, em que se destaca Iconographie de la Force Vitale Cosmique Od, fabricou um aparelho denominado FOTÔMETRO, com o qual conseguiu medir a força psíquica.
  • PSICOTRÔNICA - A PSICOTRôNICA surgiu a partir de 1960. Tentava-se sintetizar as pesquisas desenvolvidas por investigadores, em várias partes do mundo, preocupados em estabelecer as interconexões entre energia, matéria e consciência.
    O vocábulo PSICOTRÔNICA é constituído de dois vocábulos: psyché = Espírito+tron = instrumento.
  • ECTOPLASMA - O vocábulo ECTOPLASMA é criação do Prof. Charles Richet (prêmio Nobel de medicina, de 1913), para designar a substância que os médiuns expelem pela boca, nariz, ouvidos, órgãos sexuais e pelos poros, como tênues fios de energia vital, que servem para a realização de extraordinários fenômenos de ordem física.
  • MAGNETISMO - Conhecido desde as mais remotas eras. Formava uma parte da Magia ou Ciência dos Sábios de outrora. Os livros sagrados dos antigos cultos, os hieróglifos do Egito.
  • KIRLIANGRAFIA - Em 1953, em seu livro Teoria Eletrodinâmica da Vida, o médico norte-americano Harold Saxton Burr, da Universsidade de Yale, descobriu um envoltório energético nos seres vivos e até chegou a chamá-lo de CAMPO L (L= life- vida).
    Em 1939, na antiga URSS, Semyon Davidovich e Valentina Chrisanfovna Kirlian inventaram uma máquina que conseguia fotografar um halo energético em torno dos corpos dos seres humanos, dos animais, dos vegetais e, até mesmo, dos minerais. Nascia, assim, a kirliangrafia.


8 de jun. de 2012












Numa estrada reta

Eu a vi passar

Uma caravana de Ciganos que vinha trabalhar

Não era Exu, não era Exu

Era o Cigano Pablo que vinha Trabalhar

Não era Exu, não era Exu

Era o Cigano Pablo que vinha Trabalhar



Salve Povo Cigano!!!

Para os Ciganos “A Terra é a sua pátria, o Céu o seu teto e a Liberdade a sua Religião”.



A força e a magia deste povo, esta calcado na natureza; por isto a necessidade de estar em contato direto com a terra, a água, o vento, o fogo e o éter. Os astros transmitem a energia necessária para a superação das provações da vida terrena, além de auxiliar na busca do equilíbrio e a comunhão com o universo e religar-se com seus antepassados.



O Fogo é a transformação das energias; é o espelho da vidência, é o movimento das Salamandras que trazem as mensagens que estão na escuridão de nossa ignorância; é a proteção do frio e de todas as negatividades e perigos. A fogueira nos acampamentos é o coração das caravanas, o seu povo unido a todos os elementos de transformação imanam toda a vibração, a alegria, a energia, o canto, a dança, a união que representa a força do movimento da vida, das caravanas, das cidades, de tudo que movimenta o universo.



Um povo ímpar com um código de conduta diferenciado que funciona há milhares de anos, seus costumes e valores são passados de geração para geração através da oralidade e principalmente do exemplo de vida. Seguem princípios básicos como o respeito aos mais velhos, pois estes representam a sua origem; o amor as crianças, que é tudo que há de mais sagrada dentro de um acampamento pois representam a continuidade da sua história; e a convivência harmoniosa com a natureza, que representa a fonte de toda a sua fartura e abundância.

São entidades oriundas de um povo muito rico de histórias e lendas, foram na maioria andarilhos que viveram nos séculos XIII, XIV, XV e XVI. São entidades que há pouco tempo ganharam força dentro dos rituais da Umbanda. Pertencem à uma linha de trabalhadores espirituais que busca seu espaço próprio pela força que demonstram em termos de caridade e serviços a humanidade. Seus préstimos são valiosas contribuições no campo do bem-estar pessoal e social; saúde; equilíbrio físico; mental e espiritual.

Mitologicamente o Povo Cigano está ligado à Kalí - a deusa negra da mitologia hindu. Associada a figura de Santa Sara, que teria acompanhado as três Marias: Jacobina, Salomé e Madalena, e, junto com José de Arimatéia fugido da Palestina numa pequena barca. Estes teriam ficado a deviva por dias no mar aberto e, por fim, a enmbarcação acabou atracando no porto de Camargue, às margens do Mediterrâneo, que por sua vez ficou conhecido como "Saintes Maries de La Mer", transformando-se desde então num local de grande concentração do Povo Cigano. Santa Sara é comemorada e reverenciada todos os anos, nos dias 24 e 25 de maio.

Dentre alguns dos nomes de ciganos e ciganas lembrado:  podemos citar os ciganos Pablo, Wlademir, Ramirez, Juan, Pedrovick, Artemio, Hiago, Igor, Vitor e tantos outros, da mesma forma as ciganas, como Esmeralda, Carme, Salomé, Carmensita, Rosita, Madalena, Yasmin, Maria Dolores, Zaira, Sunakana, Sulamita, Wlavira, Iiarin, Sarita e muitas outras.

Assim como ocorre em todas as outras falanges espirituais que atuam dentro da Umbanda, infinitos são os espíritos que estão associados a cada grupo de  entidade, cada qual atuando em uma área específica de acordo com a sua vibração energética. Todos eles trabalhando para o seu desenvolvimento moral e espiritual; auxiliando a todos os necessitados na face da Terra de acordo com os seus próprios méritos.


14 de mai. de 2012

Adorei as Almas e as almas me atenderam
Adorei as Almas e as almas me atenderam
Eram as Santas Almas lá do Cruzeiro
Eram as Santas Almas lá do Cruzeiro

Almas santas, almas benditas! Vinde a nós, almas aflitas, rogai por nós pecadores agora na hora de nossa angustia e sempre.

Ensina-nos a sua sabedoria, humildade, amor e perdão ao próximo.
Pai Preto, Mãe Preta, Salve Vovó Maria Conga, Salve Pai Benedito, Pai Antônio, Mãe Maria da Estrada, Pai Cipriano, Maria Mina, Salve o povo de Angola, Pai Tomé, Vovó Rita, Negra Anastácia, Salve o Sol, Salve a Lua, Salve as Senzalas, Salve os quilombos, Salve nossa estada na Terra.


Almas que padeceram no cativeiro viveram e morreram na humilhação, homens, mulheres e crianças, que tiveram a sua liberdade ceifada por troca de alguns vinténs. Arrancados de suas terras e vendidos como mercadorias para servirem de escravos em terras distantes. De varias tribos com cultura e crenças diferentes, foram forçados a conviverem entre correntes e chibatas. Um povo que aprendeu pela sabedoria divina a superar as diferenças de suas origens e desenvolver a solidariedade, a superação dos obstáculos em busca do bem comum, a liberdade.

Na época, muitas revoltas banharam as terras com sangue de brancos, negros, velhos e de crianças, sem distinção. O ódio existente entre brancos e negros fortaleciam as correntes que aprisionavam o corpo e a alma independente da classe social, da cor e do credo, da casa grande a senzala.

Centenas de anos se passaram entre encontros e desencontros destas almas marcadas pelo ódio e pelo rancor, inúmeras reencarnações foram necessária para que pudessem purgar de seus espíritos as manchas de uma época desumana. Através da sabedoria, da bondade, da misericórdia divina estas velhas almas conseguiram alcançar a luz, o equilíbrio e se desvencilhar das amarras terrenas.

Hoje estas almas iluminadas vivem no astral, junto dos espíritos superiores atentos as nossas súplicas, sempre dispostos a nos socorrerem com sua doçura, com a voz mansa, com seu cachimbo pitando lentamente, nos ensinando através de suas palavras o caminho da humildade, da resignação, da paciência, da paz, da harmonia e do encontro da felicidade.

Nem todas as almas denominadas de Pretos Velhos que hoje se manifestam dentro dos Terreiros, são realmente almas de negros escravos. São espíritos que estão inseridos dentro desta vibração e que através da humildade escolheram trabalhar em benefício da humanidade de encarnados e desencarnados com esta vestimenta astral.

Ó Pai... Benditas são as almas que vós destinastes ao nosso consolo na terra, através da imagem destes amigos Pretos Velhos que nos tomam ao colo nos nossos momentos de aflição. Sublime sabedoria que permite que através do ensino e principalmente do exemplo nos desviamos dos caminhos pedregosos e alcançamos o bem viver.

Amém.

Que preto é esse ô calunga que chegou agora o Calunga... (bis)
É Pai Joaquim o Calunga que venho de angola  o Calunga... (bis)

AS SETE LAGRIMAS DE UM PRETO VELHO

Texto adaptado do Livro “Lições de Umbanda (e quimbanda) na Palavra de um Preto-Velho”, do médium W.W da Matta e Silva.

Num cantinho de um terreiro, sentado num banquinho, pitando o seu cachimbo, um triste preto velho chorava. ..
 De seus olhos molhados, lágrimas desciam-lhe pelas faces e, não sei por que, contei-as… Foram sete!
 Na incontida vontade de saber, aproximei-me e o interroguei…
 - Fala meu preto velho, diz ao teu filho porque externas assim uma tão visível dor?
 E ele, suavemente respondeu…
 - Estás vendo esta multidão que entra e sai? As lágrimas contadas são distribuídas a cada uma delas.

A primeira, eu dei a estes indiferentes que aqui vem em busca de distração, para saírem ironizando aquilo que suas ofuscadas mentes não podem conceber…

A segunda, a esses eternos duvidosos que acreditam, desacreditando, na expectativa de um milagre que os façam alcançar aquilo que os seus próprios merecimentos negam…

A terceira, aos maus, aqueles que somente procuram a Umbanda em busca de vingança, desejando sempre prejudicar o seu semelhante…

A quarta, aos frios e calculistas, que sabem que existe uma força espiritual e procuram beneficiar-se dele de qualquer forma e não conhecem a palavra gratidão…

A quinta, chega suave, tem o riso e o elogio da flor nos lábios, mas se olharem bem o seu semblante, verão escrito “Creio na Umbanda, nos seus caboclos e no seu Zambi, mas somente se vencerem o meu caso, ou me curarem disso ou daquilo”…

A sexta, eu dei aos fúteis, que vão de terreiro em terreiro, não acreditando em nada, buscam aconchegos e conchavos, porém seus olhos revelam um interesse diferente…

A sétima, meu filho, notas como foi grande e como deslizou pesada, foi a última lágrima, aquela que vive nos olhos de todos os orixás; fiz doação dessa aos médiuns, vaidosos, que só aparecem no terreiro em dias de festa e faltam as doutrinas. Esquecem que existem tantos irmãos precisando de caridade e tantas criancinhas precisando de amparo material e espiritual…

E assim, filho meu, foi para esses todos, que viste uma a uma, as sete lágrimas desse preto velho!

Salve 13 de Maio, dia de Preto-Velho! Salve o povo de Aruanda!

3 de mai. de 2012

Acolhimento Espiritual


Este texto é destinado a todos aqueles que por amor dedicam-se a amparar, acolher de forma amorosa a todo que por ventura batem em sua porta.



Quando nos definimos espiritualistas temos que compreender que esta palavra “ESPIRITUALISTA” vai muito alem das 4 paredes ou das poucas horas de dedicação espiritual que estão envolvidas em um “TRABALHO” dentro de um Templo quando nos reunimos na prática da caridade.



Destaco aqui “TRABALHO” entre aspas. Pois quando exercitamos algo do fundo do nosso coração nada é trabalhoso, desgastante, cansativo, entediante, irritante e tão pouco fizemos por obrigação. Portanto quando tratarmos de “Trabalhos Espirituais” lembremos que são as dádivas divinas, que são o nosso combustível o nosso êxtase de amor ao próximo, e principalmente de amor a nós próprios que nos denominamos “ESPIRITUALISTAS”. É no exercício da bondade que conseguimos encontrar a luz que ilumina os nossos caminhos na Terra.



Em um acolhimento damos apenas aquilo que nós próprios gostaríamos de receber no momento em que o nosso coração e alma aflita se encontram perdidos nas trevas do sofrimento e do desespero. É como se encontrássemos um oásis no meio de um deserto árido, sem vida e sem água, onde a sombra fresca das árvores e a água são o bálsamo salutar, a paz, a tranquilidade o equilíbrio a serenidade o amor divino que nos dá a força para continuarmos a nossa “breve e longa” jornada em busca de nós próprios. Digo “breve e longa” porque o tempo para o mundo dos espíritos é infinitamente diferente do nosso. A nossa passagem pela Terra por mais longa que podemos perceber é infinitamente pequena comparada com a eternidade do espírito. Portanto não podemos perder tempo. Temos que fazer hoje tudo que está ao nosso alcance com a permissão de Deus Pai todo poderoso, sem atropelos e principalmente, com bom senso.



Quando acolhemos alguém do fundo do nosso coração, somos multiplamente amparados pela infinita bondade de Cristo, por nosso anjo da guarda e espíritos protetores, assim como o espírito dos nossos amigos que estamos acolhendo. É um momento que recebemos muito mais do que qualquer tipo de doação de tempo ou de matéria que possamos estar disponibilizando ao outro.



A nós que nos denominamos Espiritualistas devemos ter a consciência de que ninguém é perfeito e tão pouco nós somos. Pois se assim fossemos, não estaríamos mais vivenciando o processo reencarnatório. E que a nossa passagem na Terra faz parte de uma das nossas etapas de evolução como espíritos. Temos que aprender a lidarmos com as diferenças, com as dificuldades individuais. Sempre nos questionando dos nossos atos mediantes as situações adversas que o plano espiritual nos coloca no nosso caminho. Cada etapa vivenciada é o traço grafado em nossa memória espiritual do nosso aprendizado, do qual teremos que prestar contas de nossas ações e reações. Como já dizia o profeta: Seremos cobrados de acordo com o nosso conhecimento e consciência. Maior conhecimento, maior a nossa cobrança, pois, a nós foi dado a dádiva mais cara; o despertar da consciência.



O espaço físico, a nossa casa de orações, o terreiro, a ceara, o centro espírita, nosso lar, seja lá qual for o nome que for dado a este ambiente consolador e acolhedor é o microcosmo. É a representação infinitamente pequena do universo que escolhemos reencarnar, é a nossa sala de aula, de aperfeiçoamento, de crescimento de elevação moral e espiritual. É onde iremos aprender a exercitar com um pequeno grupo a convivência, as dádivas divinas para podermos aplicar no nosso dia-a-dia, a paciência, a tolerância, a bondade, a humildade, a paz e amor a todas as criaturas criadas por Deus Pai todo poderoso, que de forma sábia foram divinamente inseridas no nosso caminho para aprimorarmos o nosso crescimento moral.



Sempre que recebermos alguém no “nosso lar”, que esta pessoa seja a mais especial de todas, pois foi ela que Deus colocou no nosso caminho para aprendermos e evoluirmos. Como no Filme: “As Mães de Chico” onde o Chico perguntou para uma das mães que padecia pelo desencarne imaturo do filho e que todos julgavam ter ocorrido por irresponsabilidade da babá. - Você agradeceu a sua babá? A mãe respondeu: Eu a perdoei, mas não agradeci. E o Chico respondeu: - Deveria, por ela ter sido a escolhida para auxiliar neste processo dolorido de desencarne. Já que, a dor e o complexo de culpa seriam infinitamente maiores ou até mesmo irreparáveis se por ventura o seu filho tivesse caído dos seus próprios braços. Portanto devemos sempre agradecer a Deus as pessoas que cruzarem os nossos caminhos, pois ele com sua infinita bondade e sabedoria sabe exatamente os motivos destes encontros e despedidas.



Uma “casa de acolhimento” não deve fazer distinções de ninguém que entra por sua porta. Todos são dignamente iguais na graça e na misericórdia divina. Não deve existir preferências por cor, sexo, idade, profissão, beleza, riqueza, herói, bandido, bem ou o mal vestido. NADA DISTO deve fazer diferença no tratamento de cada um destes espíritos que estão em busca do consolo para as suas aflições.



O que cada indivíduo irá levar de dentro de uma casa de acolhimento será apenas aquilo que fizer parte de seus próprios méritos. Não devemos esperar milagres, tão pouco soluções mágicas para os nossos pesares. As graças que iremos receber não depende dos médiuns, dos cambonos, secretárias, assistentes e tão pouco dos espíritos que estão presentes neste momento do auxílio. Todos estes elementos são meros trabalhadores na ceará do bem, são facilitadores para trazer a luz, a paz, a harmonia, a felicidade, a compreensão e o entendimento dos nossos atos e suas consequências. Cada um levará aquilo que vieram à busca e de acordo com os seus merecimentos.





Os membros que trabalham em uma casa de acolhimento são meramente intermediários desta bondade divina e são também os maiores beneficiados deste processo, quando exercerem as suas funções com o mais puro e infinito amor. È neste processo de doação que os trabalhadores de uma casa conseguem colocar em pratica todas as metas devidamente planejadas para o seu desenvolvimento espiritual.



Vamos amar a todos como gostaríamos de ser amados.

Vamos respeitar as diferenças, pois elas nos fazem crescer.

Vamos amparar para sermos amparados.

Vamos respeitar para sermos respeitados.

Vamos cuidar para que possamos ser cuidados.

Vamos nos dar sem nada esperarmos em troca.

Vamos acolher para sermos acolhidos.



Você deve estar se perguntando, por que até agora não falei nada sobre a palavra “ESPIRITUALISTA” entre aspas?



Por que o significado desta palavra é demasiadamente grande e infinitamente complexo para ser descrito em poucas palavras e vai muito além das 4 paredes do “Nosso Lar” e da curta passagem que temos aqui na Terra. Somente os estudos, a dedicação e o amor ao próximo poderá definir literalmente esta palavra de forma única e individual para cada um a passo de seu próprio desenvolvimento.



Palavras de um espírito protetor no auxílio de orientar e definir a importância de um Centro Espiritualista e do papel de cada membro da organização no processo de acolhimento. Este deve ser o objetivo principal do Cento Espírita de Umbanda Ogum Yara e Yansã.



Amém




Quem Somos:

Filhos e seguidores da saudosa mãe Aurora Vienna de Oliveira, chefe material da Sociedade Espírita Umbandista Mãe Iemanjá e Ogum Beira Mar, fundada em 12.07.1964 em Porto Alegre, RS, comandada espiritualmente, por nosso grande Pai Ogum da Lua.


Todos nós somos espíritos em constante evolução, todos temos nossa missão, nosso tempo determinado pelo grande Pai sobre a terra. Após, mais de seis décadas, de muita dedicação, amor e caridade, somando mais de mil filhos e levando sempre na mão direita e no coração a força da Umbanda, a nossa amada mãe, retornou ao plano espiritual, com a certeza de missão cumprida.

A Umbanda é uma religião passada de geração para geração. O conhecimento, a força, a magia, é fruto de um forte convívio, dedicação e troca entre o novo e o velho. O respeito e a honra aos nossos antepassados é essencial para o fluído energético. É preciso entrega, desprendimento e humildade de saber que nada sabemos, pois o que sabemos é tão pouco diante da infinita verdade divina.

Se o conhecimento é infinito, não podemos nós, como células ativas, estagnar o conhecimento, a doutrina por conta da nossa ignorância e vontade, não temos este direito. Foi com este pensamento, que um grupo de médiuns com mais de duas décadas de iniciação dentro da Sociedade Espírita Umbandista Mãe Iemanjá e Ogum Beira Mar e sobre os ensinamentos rígidos de Mãe Aurora, decidiram, após a passagem desta grande cacique, dedicar-se com o mesmo empenho, amor, devoção e continuar levando a bandeira da Umbanda a todos aqueles que acreditam e aos que não acreditam, na luz, na força, no poder que imana do passado e das forças da natureza fundaram então, o Centro de Umbanda Ogum Yara e Mãe Iansã em 25/11/2005, coordenação médium Beto Koch.

Temos sessões de Caboclos e Pretos Velhos aos sábados às 20h00, com passes e consultas. Maiores informações fone: 9365-7069.